Diário de Bordo–Cabo Verde

por lnbrandao

Dia 17, sai de casa rumo a Cabo Verde, mas precisamente Ilha do Sal, deixei em casa minha cansada mãe que carinhosamente organizou toda bagagem, e minha irmã que cuidou das preocupações. Vanessa, (vanessinha querida, cheirosa) minha querida amiga atenciosa, me leva para o aeroporto e ficamos lá ate a chamada do voo, daí seguir para Fortaleza chegar lá as 13h e ficar ate 1h da madrugada do dia 18. Passei o dia no aeroporto Pinto Martins em Fortaleza2011-07-17_21-40-35_904, andei de um lado para outro, conheci o aeroporto inteiro, sentei, levantei, andei, sentei, dei informações, obtive informações, conheci pessoas que viriam no mesmo voo que eu, outras que nem sei para onde estavam indo. Começo a reconhecer pela conversa ao lado o idioma de onde eu estava indo, Crioulo, e depois mais e mais pessoas se aproximavam junto com a hora do embarque. Check-in, em fim. Fui informado sobre a restrições a líquidos contidos na bagagem de mão, sendo permitido apenas embalagens com menos de 100ml, coloquei a mão dentro da mochila e percebi apenas um perfume e um hidratante com 200ml cada, Ok! Retirar da bagagem de mão colocar na bagagem de porão. Sem problemas tinha sido assim que minha mãe organizou as bagagens, feito check-in hora de ir para imigração, mostrar passaporte e seguir para a sala de embarque. Foi quando minha mochila passou pelo raio-x depois de ter tirado cinto, ténis, relógio, tudo que havia nos bolsos, fui chamado de lado e pediram para abrir a mochila e por tudo para fora! Qual cosmético eu estaria traficando? Pois ainda tinha desodorante, outro perfume, mais um hidratante, protetor solar e o creme dental, todos com mais de 100ml … Eu teria duas opções, voltar e despachar como bagagem de porão ou deixar tudo ali mesmo. Imediatamente me imaginei com um frasco de perfume na mão apontado para comisario de bordo ou o piloto mesmo, sequestrando o avião com um riso de terrorista psicopata na ponta da boca – Vamos mudar a rota deste avião… rs rs rs. Mas respirei fundo e pensei no cuidado que minha mãe deve em acomodar tanta coisa dentro da minha mochila que eu nem havia percebido que estavam ali e não abri mão de traze-los comigo. Fui no balcão de embarque e despachei a mochila toda. Agora pronto, só me restava a roupa do corpo e documentos, e a certeza da revolução que eu poderia causar com meu celular, já que o mesmo de ultima geração pode ser usado ate dentro do avião.

Na sala de embarque, ficamos duas horas, o voo atrasou, e enquanto isso, papear. Conversei com moço que conheci e estava indo para proferir uma palestra na Ilha de Santo Antão em Cabo Verde, enquanto eu seguia para Ilha de Praia.

Saimos a 02:00h no Brasil, chegamos as 08:30h em Praia, duas horas a mais que no Brasil.2011-07-18_09-28-41_187 Em solo caboverdiano, primeiro alfandega, preencher pedido de visto justificando minha estadia, fui informado do ruido de comunicação comum neste tipo de processo, meu visto de cortesia pedido pela organização do Mindelact, festival do qual vim participar não havia sido liberado, respondi com uma expressão completamente nordestina – Oxe! E agora? Foi risada por parte da policia local e fiquei conhecido por isto, sempre que me viam repetiam: Oxe! E agora? Agora, preparado para passar mais 12 horas no aeroporto de Praia, ate seguir para o Mindelo, Ilha de São Vicente, onde encontraria com minha querida amiga/irmã Jana e João Branco, que tiveram o cuidado de colocar a minha disposição uma companhia maravilhosa de Sara Estrela2011-07-18_14-39-47_496, atriz caboverdiana com formação no Brasil e que fez no ano passado fez o trabalho que vim fazer este ano: seguir para uma ilha dar uma formação de teatro e montar um espetaculo que participará do Festival Mindelact.

Sara me levou para conhecer Praia, conhecer mesmo, as pessoas, lugares, bares, praias e conversar até a hora da minha partida para o Mindelo. Conheci a Cidade Velha, 2011-07-18_14-47-41_243onde tudo começou, onde os Portugueses aportaram aqui em 1400, e que depois disso foi saqueada por piratas e forçaram os moradores a migrarem para outras regiões da ilha. Onde fiquei conhecendo um pouco da história de Cabo Verde. Ai foi só seguir tranquilo para São Vicente.

Em Mindelo, Ilha de São Vicente,monte_cara_3 ser recebido e seguir pra casa, banho, abrir mala, entregar encomendas, roupas, figurinos e carne do sol para fazer a festa de todos com muito saudosismo e nostagia, momento de lembrar da culinaria brasileira em especial acais_mindelo nossa. rsrs. Colocar a conversa em dias, atualizar os assuntos com a Jana e dormir. Conheci Francisca uma atriz Portuguesa que esta no Mindelo para montagem de uma peça (Bodas de Sangue – Garcia Lorca) parapalacio_do_governo_mindelo_2 o mestrado em Teatro junto com o João Branco.

No outro dia conhecer o Mindelo, passear conhecer a Laginha, Monte Cara a culinaria local e acompanhar os ensaios dos amigos, tomar nota do que poderia estar construindo quando chegasse a Ilha do Sal.

janaina_e_francisca_no_aeroporto_2Passada uma semana no Mindelo, hora de seguir para Santa Maria, Ilha do Sal, onde começaria em fim o trabalho. E mais uma vez aeroporto, espera, atrasso do voo, despachar as bagagens e tal. Ficamos Francisca, Jana e eu, a nos divertir e falar besteira para passar o tempo.

One Comment to “Diário de Bordo–Cabo Verde”

  1. Se entregue ao Sucesso e deixe que o resto se resolve!

Deixe um comentário