Archive for maio, 2009

29 de maio de 2009

O Curioso Caso de Benjamin Button

por lnbrandao

ESSE DISPENSA COMENTÁRIOS, FAZ JUZ AO OSCAR…
Fotos: Gregory Colbert

Para as coisas importantes,
Nunca é tarde demais,
Ou no meu caso, muito cedo,
Para sermos quem queremos.
Não há um limite de tempo.
Comece quando quiser.
Você pode mudar ou não.
Não há regras. Podemos fazer o melhor ou o pior.
Espero que você faça o melhor.
Espero q veja as coisas q a assustam.
Espero q sinta coisas q nunca sentiu antes.
Espero q conheça pessoas com diferentes opiniões.
Espero q viva uma vida da qual se orgulhe.
Se você se achar q não tem espero q tenha força para começar novamente…

Algumas pessoas nascem para sentarem na beira do rio… Algumas são atingidas por raios… Algumas têm ouvido para música… Algumas são artistas… Algumas nadam… Algumas entendem de botões… Algumas conhecem Shakespeare… Algumas… São mães e algumas pessoas… Dançam…

20 de maio de 2009

Receita para se esquecer um grande amor

por lnbrandao
Esse eu tinha q postar aqui é muito bom…. valeu

Às vezes eu fecho os olhos, inspiro e procuro sentir a presença de quem já não está por perto. É um método que eu inventei tempos atrás…, e uso sempre quando o amor se transforma em saudade.

Os grandes amores existem. As grandes paixões existem. Eles existem. Eles simplesmente existem. Eu desejo que todo ser humano possa sentir o que eu um dia já senti. Somente uns poucos minutos daquele entorpecimento juvenil, daquela inundação de sentimentos que enlouquecem, daquela loucura toda que te envolve, te amedronta, aquela confusão monstruosa que vivi quando amei. E quando fui amado. Uma paixão avassaladora que me fez acreditar que eu ainda permanecia vivo. Vivo e amando. E amado. Mas, agora, eu fecho os olhos para dormir. A cama cresceu tanto de tamanho, o meu peito cada vez está menor. E muito mais vazio. Ninguém a me ninar. A minha mão não encontra a sua. Quem foi que viu a minha Dor chorando?! (Augusto dos Anjos, "Queixas Noturnas". Mas, no meu caso, diurnas também). Eu quero uma receita para se esquecer um grande amor, o senhor tem aqui para vender? O preço não me interessa, eu só quero poder seguir em frente. Nem precisa ser em frente…, basta seguir. Porque A minha vida sentou-se/ E não há quem a levante (Mário de Sá-Carneiro, "Serradura").

E o vazio logo aparece, não dá um minuto de folga (“meter a cara no trabalho” é algo que também não tem funcionado). O telefone não toca naquela hora, a minha caixa de e-mails não tem pena de mim, já não tem novidade boa a me contar. Uma sensação leve e prematura de derrota logo se apodera da gente. Depois ela cresce. Já não é mais sensação, é derrota mesmo. Eu não tenho mais para quem escrever os meus defeituosos poemas, a quem dedicar meus pensamentos, quem vai me acalmar quando a agonia aparece sem avisar? Eu me sinto tão sozinho. Por vezes eu nem me sinto. Meus olhos não vertem lágrimas, o meu coração não dispara. Será mesmo que estou vivo? Ainda nem maldisse toda a minha sina e mazela, nem afoguei minhas (agora) crônicas mágoas na cachaça libertadora, também não há outro perfume no meu corpo. Viver é amar, um dia me explicaram direitinho. Eu era inocente e acreditei. Só inocentes e tolos crédulos aprendem isso, eu tive o azar de ser um deles. Nem ouso reclamar.

Quando acordei foi em você que eu pensei. Provavelmente pensei em ti durante toda a noite também, mas dessa vez tive a sorte de não recordar. Não importa como minha vida esteja seguindo, é sempre em seu sorriso que meus pensamentos se convergem. Não há fuga nem plano B. Eu aprendi que não é te esquecendo que irei me livrar de você. Não importa quanto tempo transcorra, jamais me esquecerei daquela noite, aquela, quando estupefata você ouviu minha curtíssima e derradeira declaração de amor. Metade do tempo eu reflito sobre o que ela significou e o que ela irá se tornar em alguns parcos anos. Logo, meu coração será de outra, as suas coisas queimarei no quintal (afastando a cachorra para que não se queime) e essa frase eu voltarei a dizer. Mas não para ti, jamais para ti, nunca mais para ti… Você será apenas uma lembrança, feito tantas outras, e eu serei apenas uma lembrança para você… feito tantas outras. Já não me amas? Basta! Irei, triste, e exilado/ Do meu primeiro amor para outro amor, sozinho (Olavo Bilac, "Desterro").

Quem errou mais? Isso não importa agora, logo, posso ficar com toda culpa pelo nosso fracasso. Sempre sonhei com algo diferente, como nos contos de fadas e nos pagodes de três notas (e se me perguntam Que era mesmo que eu queria?/ ”Eu queria uma casinha/ Com varanda para o mar/ Onde brincasse a andorinha/ E onde chegasse o luar”, Vinicius de Moraes, "Sombra e Luz"). A realidade foi deveras distinta disso, só Deus é testemunha das minhas queixas. Mas, nesse momento, nada disso importa, nada do que doeu agora importa. Eu vou ficar aqui, sozinho, com minhas lembranças e nosso fracasso. Vou lembrar das partes boas, para me emocionar com a saudade. Não lembrarei de nenhuma briga, nem nada disso! Eu quero uma receita para esquecer dos momentos ruins, dos bons eu não preciso. Não preciso e não quero. Para que esquecer do que me orgulho? Do que me fez feliz? Deixa a saudade me machucar, meu anjo, uma hora ela se cansa. Eu não abro mão de recordar o quanto fomos felizes. Acabou, mas não sem muito amor. É o fim, mas não antes de muitas promessas de eterna felicidade. É isso o que vale, afinal. Eu busco isso a cada instante de minha vida.

Mas agora ele está lá e eu aqui. Ele está lá seguindo a vida dele, e eu estou aqui, seguindo a minha. Aqui eu te amo e em vão te oculta o horizonte (Neruda, "Aqui eu te amo"). Ela esta lá vivendo a vida dela como se nada tivesse acontecido. Acho, realmente não sei dizer (Teus olhos são duas silabas/ Que me custam soletrar./ Teus lábios são dous vocábulos/ Que não posso,/ Que não posso interpretar Fagundes Varela, "Canção Lógica"). Eu aqui, não triste, mas saudoso. Às vezes eu olho para os céus para descobrir se sinto algo de novo. Quem sabe um daqueles meus suspiros. Passo horas olhando as estrelas, sem entender por que elas brilham. Elas deveriam fazê-lo somente quando você fosse minha, não em qualquer situação. Mas você segue a sua vida, almoça feliz e se diverte enquanto procuro a receita para te esquecer. Sei que não irei sofrer, o que me castiga é a saudade. Não irei chorar, nem lamentar, tampouco desejar a morte. Irei apenas seguir em frente, sozinho agora, às vezes pensando: o que será que ela faz nesse momento?, agora que chove lá fora! O que será que ela faz? Será que pensa em mim? Será que sorri? Eu abro os braços para envolver a minha vida.

Lembra da música da Elis? Vou querer amar de novo e se não der eu não vou sofrer…? Preciso te dizer a verdade: se isso acontecer, eu vou sofrer sim, meu coração só existe para amar de novo, espero que você entenda. Eu sigo a minha vida por aqui, você continue a sua por aí. Se consegui a receita para se esquecer de um grande amor? Não, parece que isso não existe mesmo. A minha é seguir em frente, então, e quando não der, chorar, não há problema nenhum isso, quem aprende a amar, aprende a chorar também (Paulinho da Viola, "Amor Amor") . Eu aprendi, pratiquei contigo, jamais te esquecerei.

Cantemos a canção da vida,/ na própria luz consumida…

(Mario Quintana, "Inscrição para uma lareira")

"O ganhador", Lêdo Ivo (sempre ele!):

Tudo o que ganhei se desfez no ar como uma metáfora.
Agora só guardo o que perdi:
o vento que soprava na colina,
a neve que caía no aeroporto
e o teu púbis dourado, o teu púbis dourado.

Nota do Autor
Este texto faz parte da trilogia que começou com "
Dos amores possíveis".

Marcelo Maroldi
São Carlos, 3/8/2006

20 de maio de 2009

o Sol… lá vem o Sol….

por lnbrandao
É bom saber q o Brasil também tem boas idéias, também tem bons pensadores e que também tem gente capaz de destapar a peneira do sol. Ha algum tempo vi “minha vida em cor de rosa”, “meninos não choram”, e vi outros filmes mais polêmicos e discutíveis, seja por suas cenas, seja pelo assunto que se propunham a abordar, e me perguntava: e por aqui quando vai ser? Sei que somos polêmicos por natureza, fingimos muito bem nossa moral, mas quando iremos discutir tão bem qualquer assunto, sem sermos pejorativos, sem nos aproveitarmos das muletas dos outros, somos paralíticos da nossa independência e portanto sempre fazemos o inverso, em vez de projetarmos nossas idéias numa tela queríamos projetar as idéias das telas na gente, não que esse caminho não possa, claro indiscutivelmente isso acontece na maioria das vezes quando qualquer coisa que se julgue arte ou não nos afeta em nosso comportamento.
 
Mas e agora? Agora que os cineastas brasileiros estão se afinando, agora que acreditamos nas produções cinematográficas do nosso país, que sabemos que alem de copiar a violência fabricada das indústrias de Hollywood também temos faro para uma boa e sensível direção a despeito de “o jardineiro fiel”. Agora que em fim tocamos no assunto com tamanha veracidade que já ate se admite o amor. Olha lá, amor não coisa para se admitir, nem mesmo quem ama faz isso, mas um filme, que trata da temática gay e com amor só pode estar querendo falar do que existe e é inerente ao ser humano. Sem essa de quebrar tabus, romper barreiras, criar polemicas, por favor projeta-se de dentro para fora e verás que não depende de muletas para te sustentar, basta olha olhar pro lado, dentro de casa, e vai ver que o mundo é isso ai… Cada um na sua. Quero ver esse filmes 500 mil vezes pois nem foi lançado e já estou defendendo.
 
Veja o trailer… entrem na comunidade vamos brigar….
 
Aproveito para dar nota 10 ao pessoal do programa “Toma lá, Dá cá”
Liguagem aberta na TV como nunca se viu… e sem culpa, nem falsa moral… oba estamos nos aproximando da realidade.
 
 
 
Uma relação incestuosa entre dois irmãos retratada no filme Do Começo ao Fim. A relação em si, tem início após a morte da mãe dos meninos, na vida adulta, mas eles já demonstram, uma relação muito próxima desde pequenos.

O longa-metragem tem:

Direção Aluisio Abranches

Elenco:
Gabriel Kaufmann
Lucas Cotrim
Júlia Lemmertz
Fábio Assunção
Louise Cardoso
Jean-Pierre Noher
João Gabriel Vasconcellos
Rafael Cardoso

Gênero: Drama
Estréia: 28 de Agosto de 2009
Direção: Aluizio Abranches
Roteiro: Aluizio Abranches
Censura: 18 anos
Ano:
2009

SITE OFICIAL

http://www.pequenacentral.com.br/cinema/docomecoaofim